O assunto é delicado e por conta disso pensei muito se iria
falar sobre ou não, mas inspirado em uma pessoa muito próxima que tem baixa
autoestima, dei o braço a torcer e decidi falar a respeito disso. 😐
E para não falar algo baseado no que eu penso ou simplesmente
acho, fiquei tentada a me basear em algum autor. Por coincidência o assunto foi
abordado em um dos livros que estou lendo do Augusto Cury, onde ele cita que somente
3% das mulheres se veem realmente
belas em uma sociedade moderna, que a maioria é jovem; fala também que há 1 bilhão de pessoas que acham alguma área
do corpo horrível, que há mais de 100 milhões
que desejam trocar seu corpo por outro e que detestam tudo em si mesmas.
A questão sobre a modificação de algo no corpo deveria ir
muito além do apenas consertar algo que não goste. Acredito que seja necessário
ter uma percepção do que é defeito em si, para assim conseguir consertá-lo,
pois há muitos casos de pessoas que fazem cirurgias, mas que após o processo de
recuperação continuam não gostando de si mesmas e nem achando um bom resultado na
cirurgia feita.
Atualmente com a desconstrução de determinadas crenças, temos
aprendido que a mulher pode fazer o que bem quiser com o corpo, como se
aceitar, se negar, se rotular, se criar, se transformar, se modificar, mas será
que estamos de fato preparadas para mudar algo que não aceitamos? Como uma
cicatriz de um parto, o culote dos quilos que ganhou ao decorrer de um tempo, a
marca de um piercing, a queimadura de um ferro enquanto adolescente, a cicatriz
de um machucado quando caiu de bicicleta quando criança.
É tão complicado abordar esses questionamentos, pois só é
possível saber da necessidade de outra mulher quando nos colocamos no lugar
dela e de toda a sua percepção consigo mesma, daí vem o tal processo de
empatia.
Numa conversa com quem tem baixa autoestima falei sobre duas
coisas. 1- a maioria das mulheres que têm baixa autoestima são mulheres que tem
a maioria dos atributos de beleza que a sociedade impõe, mas ainda assim não
conseguem reconhecer a sua beleza interior e exterior. 2- aceitar o que são
como pessoas e o bem que podem fazer; aceitar o corpo da forma como ele é e os
defeitos que tem são um dos passos da caminhada para ter autoestima.
Em várias situações fui citada como a pessoa que transborda
autoestima, talvez eu seja aquela que se aceitou. Eu aceitei meu cabelo, meu
corpo, minha mente, minhas qualidades, meus defeitos e passei a entender que
tudo aquilo que eu sou e tenho é consequência de todas as minhas ações, sejam
elas boas ou ruins.
O que quero dizer com todo esse texto talvez sem pé nem
cabeça é que, quanto mais você colocar defeito em si, mas o monstro da
repressão vai estar em você, quanto mais você der ouvidos aos padrões impostos
pela sociedade para ser quem não é, mas punido se sentirá com o tempo. Olhe o
que você tem por dentro, procure elogiar o que vê de bom em si, diga coisas
boas ao seu respeito, exercite positivismo em si no pensar, no vestir, no
lazer, no fazer; movimente o corpo em atividades prazerosas, diga o quão linda
é e o quão maravilhosa pode continuar sendo.
Exercite esse processo, nada lhe pode definir além de você
mesma!
Com carinho, Camis! 😃
É muito bom ler um texto desse, se identificar e criar ânimo para mudar sua postura com uma leitura tão leve e deliciosa, abordando um assunto tão importante para nós, mulheres modernas! Você foi muito sábia nas escolhas das palavras, nas combinações de comparações e metáforas e também na estatística para dar veracidade ao texto. Espero por mais leituras prazerosas como essa foi! Parabéns!
ResponderExcluirAh, que coisa boa saber que gostou anônimo que sei quem és :)
ExcluirObrigada pelo apoio e sei o quão importante foi esse texto pra ti.
Bjos <3