17 de julho de 2017

O CONSUMO VIROU CONSUMISMO.

Vou ficar batendo nessa tecla até cansar, rs. É que depois de ir no evento da ahlma.cc, minha cabeça abriu mais quanto ao tipo de consumo que fazemos e claro, como podemos um pouco disso, mas vamos dizer que esse post será uma saga, seguido de muitos outros posts para esclarecer isso para você. É que se pararmos para observar ~abaixo~ a gente tá desenfreado a beça e estamos no Século XXI, o século da tecnologia em ponta. Então, nada mais justo do que se conscientizar, ou pelo menos entender mais do assunto, né não?! 

Consideremos esse o primeiro post sobre o Consumo Consciente, mas ele não haverá uma ordem exata do que será relatado, mas buscarei material abrangente e claro para que vocês possam compreender o que andam acontecendo pelo mundo aqui e afora. 

Se você não conhece a teoria abaixo ~que estudei anos na faculdade~, lhes apresento sobre. A Teoria das Necessidades de Abraham Maslow, diz que as necessidades mais básicas, como: comer, vestir-se e dormir, estar como a necessidade que deve ser a primeira a ser satisfeita humanamente, para que assim o ser humano possa prestar atenção nas outras, como as necessidades psicológicas: autoestima e a conquista pelo respeito alheio. 

E, foi assim que durante todo esse tempo acreditamos na propaganda em massa, que seríamos admirados e amados pela aquisição do momento. Será que é isso mesmo?


Se antes a gente comprava para satisfazer um desejo, agora vivemos em uma cultura que transformou o ato de consumir para satisfazer o desejo, em um ato de excesso para satisfazer o prazer. 

Mas como foi que isso aconteceu?

Tudo começou em 1890após a Revolução Industrial e a introdução das linhas de produção (linha de produção ou linha de montagem pode ser entendida como uma forma de produção em série, onde vários operários, com ajuda de máquinas, especializados em diversas funções específicas e repetitivas, trabalhando de forma sequencial). A única maneira das indústrias terem sucesso era fabricando e vendendo produtos em massa.

Lá no século XIX, era uma questão de oferta e demanda, então houve a necessidade de incentivar as pessoas a comprarem mais do que o necessário, apenas para atender à oferta produzida, ou seja, o estoque tinha que ser zerado.

Em 1920, o jeito de entrar na alta competição das indústrias era apelando para a propaganda, era o tal do “quem aparece mais, vende mais!”. E nesse mesmo período de propagar produtos em massa, nasceu uma população endividada, que seguia o pensamento do “compre agora, pague depois”. Algo que se estende até o ano de hoje.

Já em 1950, além de poderem comprar e pagar depois, estavam consumindo o que era desnecessário, para assim mostrar que estavam por cima da carne seca e que tinha um estilo de vida considerado naquele tempo, confortável.

Nos 1990, uma onda de conscientização ambiental despertou sobre os riscos do consumo excessivo, mas ninguém deu ouvido, pois foi nesse mesmo período que surgiram novas técnicas de manufatura (produção com técnica de produção artesanal e divisão do trabalho) e a mão de obra barata, que aumentou ainda mais o volume de produção, tornando assim os produtos cada vez mais descartáveis. Com a evolução da tecnologia, consumir o que era de última linha, era sinal de status e sucesso.

Foi assim que ao decorrer dos anos o consumo virou consumismo, e mesmo mostrando a negatividade de um consumo desenfreado, e sabendo que esse ciclo é vicioso, a sociedade não deixou de consumir, tampouco amenizou seu consumo para amenizar o impacto que causavam. Pois bem, agora já sabem que a responsabilidade desse vício é parcial, tanto da indústria quanto dos consumidores.

Mas só foi em 2010 que um consumo que prioriza o acesso ao invés da posse ganhou força, chamado de economia compartilhada (é um ecossistema socioeconômico construído em torno do compartilhamento de recursos humanos, físicos e intelectuais. Também inclui a criação, produção, distribuição, comércio e consumo compartilhado de produtos e serviços por diferentes indivíduos e organizações. [...] O grande diferencial da economia colaborativa é que este modelo tem como base o compartilhamento entre indivíduos, e não a centralização de acesso. É o chamado modelo de consumo peer-to-peer (pessoa-para-pessoa), onde os participantes são os grandes responsáveis por fazer esse sistema funcionar). Mas no fundo a economia compartilhada não diminui a vontade de consumir, apenas reduz.

Atualmente, ao consumir é necessário se perguntar: realmente precisamos disso? Podemos pagar por esse produto? O que eu poderia fazer ao invés de comprar isso? Sabemos a origem desse produto e para onde ele vai depois que descartamos (esse é um ponto que poucos de nós sabemos); será que só consumimos pela propaganda que chega até nós? E o mais importante, qual impacto que o meu produto causa ao meio ambiente?

O consumo consciente, ou o mais recente movimento chamado lowsumerism, prega que ser mais consciente é consumir menos.

Há algumas atitudes que você pode fazer que causam uma diferença e tanto, como:

- pensem antes de comprar;
- busque alternativas que estão ao seu alcance e que causam menos impacto, como trocar, consertar, costurar, o famoso diy;
- compre e viva com o que é realmente necessário.

A gente sabe que consumir é bom, mas será que realmente precisamos comprar tudo o que queremos? Pior, será que realmente precisamos de tudo o que temos para viver e nos sentir felizes e na tendência?


Como já falei outras vezes, consumir é bom, mas consumir de forma consciente é melhor ainda. 😉


Bjks. 

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